O título do relato é: 'O leão não assusta mais'
Não vou copiar o artigo todo aqui, mas os pontos com os quais mais me identifiquei, quiz sim, registrar:
"...quantas vezes tive certeza de que estava exagerando.
E hoje, pela primeira vez eu olho pra traz e decido: não era exagero. Nunca foi. Porque toda dor é real.
Não importa o motivo, por mais abstrato que seja, motivos não medem a dor... Podem ser um bom indicador, mas não sempre."
"...E quando eu, com meus 5 anos, chorava porque perdi minha chuquinha de cabelo, a minha dor era real. "
"E eu não acredito que depois de escrever isso, tudo vai mudar, não.
Um dos meus erros é achar que tudo vai mudar a partir de um acontecimento. Não."
Sinto-me muitas vezes uma "aberração da natureza". Uma pessoa mal caráter, uma pessoa duvidosa... E ainda, muitas vezes me pergunto se é mesmo verdade que tenho Bipolaridade. Parece uma coisa totalmente fora da realidade.
Daí, sou orientada a não me preocupar com Diagnósticos, Termos... Porém, preciso deles para ser medicada, e como disse ontem na sessão de terapia: Para me Localizar.
Mas ainda sofro de MUITOS preconceitos: o pior deles - O MEU PRÓPRIO.
Me reconheço em alguns relatos. Vejo pessoas de bem se expondo com a mesma patologia, mas acho que eles podem, e eu NÃO.
Acho que muito pior que a Bipolaridade é minha falta de aceitação. De Amor-Próprio, de Generosidade. Mas, apesar de todos esse 'pesares', hoje me sinto respeitando um pouco mais o contexto, e tomando os medicamentos (embora existam aqueles dias em que minha vontade seja nem chegar perto), não deixando de ir as sessões, enfim, tantas outras coisas...
Viver se torna um desafio no momento que a gente decide não viver por viver... Isso independente de doença, ou personalidade, posição social, enfim, independente de qq coisa.
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"Renasce agora em teus propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti mesmo, no mesmo."
Emmanuel
