Hoje estou me sentindo muito estranha.
Estou
me sentindo muito tonta com essa "subida" do poço pra fora. As vezes
sinto mesmo vontade de pular de volta pro fundo. Não estou sabendo muito
bem como é olhar para "luz".
Principalmente por que não quero mais
ser a mesma pessoa de antes. Então, além de sair da comôda posição de
não ter atitude, preciso encontrar a pessoa que quero me tornar, e
entender que NINGUÉM TEM NADA COM ISSO.
Entender que ninguém tem
nada com isso, é difícil, doloroso, porém muito mais que necessário. Eu
acabo acreditando que as pessoas (me refiro somente aquelas mais
próximas) tem "obrigação" de agir da maneira com a qual eu gostaria.
Acho que precisam ser compreensivas, tolerantes, pacientes. E nem sempre
isso acontece. Primeiro por que cada qual tem sua maneira particular de
agir da maneira como estou descrevendo, e segundo, por que cada um
entende e percebe as coisas da maneira como quer.
Eu é que preciso ser compreensiva, tolerante, paciente, comigo mesma...
Mas estou tão habituada a lamentar, a ser a coitadinha, a choramingar, que não sei conviver de outra forma.
CONVIVER. Como é difícil conviver. Principalmente conviver consigo próprio.
Mas
neste contexto todo de me sentir incompreendida e as vezes me sentir
'não amada' e por aí vai, uma conclusão já conhecida por mim é de tentar
não me expor tanto, como normalmente acontece/acontecia. Daí, pulo para
a parte do texto em que menciono que não quero ser a pessoa que fui.
Será
difícil transformar a minha personalidade? Será que é isso mesmo que
estou querendo? Será que estou somente desejando mudar mais um
comportamento que não me faz feliz (assim como outros que são
necessários mudar...)?????
Na última sessão de terapia, falamos
sobre "malhar" o lado positivo, os pensamentos positivos e etc, afim de
que eles se destaquem, realcem, fortaleçam. E até falamos que o
inventário de coisas boas ocorridas no dia/semana, é uma forma de fazer
esse exercício. Nessa linha de pensamento, gostaria de criar um
inventário dos comportamentos que quero ter (pra não ficar batendo na
tecla dos que não quero ter...)
Eu sempre, SEMPRE, mencionei um
trecho da letra de Renato Russo que diz: "Quero ter alguém com quem
conversar, alguém que depois não use o que disse contra mim"; por que eu
sempre interpretei as palavras que eram ditas por esses 'alguéns' que
não eram as que eu gostaria de ouvir, como sendo contra mim.
Quando comecei a escrever este post, a mudança de comportamento desejada era: "Não quero mais falar de mim para ninguém". Agora, findando-o, a mudança de comportamento que encabeça a lista será: "As únicas palavras contra mim, são as ditas/pensadas por mim"
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