quinta-feira, 31 de março de 2011

A MENINA DE 90 ANOS

Esse fim de semana fomos à cidade do meu pai, comemorar o aniversário de 90 anos da minha avó, mãe dele.
Ela mora há três horas de nossa cidade, embora não seja tão longe, também não é assim, tão perto, e desde pequena, nossas visitas aconteciam 1, no máximo 2 vezes ao ano em sua casa.

O nome dela é Maria José, mas todos na cidade (pequena) a conhecem por Menina. E sempre foi dessa forma que a chamamos: Vovó Menina.
Ela é pequenina mesmo, talvez até por isso o “nome”; não sabemos de fato a origem...

Além de minha avó, é também minha Madrinha de batismo, e eu sou a primeira neta, o que nos dá uma relação muito especial...

Ao contrário da família de minha mãe, a do meu pai é “pequena”: o meu avô, não conhecemos, ele faleceu antes do meu pai se casar; eles são 4 irmãos, dos quais só 2 tiveram filhos:
meu pai -> nós 4 (eu, minhas 2 irmãs e meu irmão),
e meu tio-> 2 filhas (que moram mais próximos de lá).
No total somos 6 netos.



Depois de adultos, nos tornamos 12, nós e nossos respectivos maridos e namorados.

E também 2 bisnetos: meu pequeno grande Heitor, e minha amada sobrinha Alicia.



Alugamos uma Van, por que agora a turma lá em casa (neste caso, me refiro a mim, meus irmãos, meus pais, e nossos agregados) é grande, e ficava melhor do que irmos nos 3 carros necessários.

A viagem foi tranqüila. É a segunda vez que Heitor viaja, só que dessa vez, maiorzinho e mais ansioso. Comprei um livro sonoro, com muitos, muitos bichinhos, para que ele pudesse se distrair no caminho. Deu certo relativamente. Viajar cansa... Mas foi razoável.

Ainda no Heitor, eu estava meio tensa, por conta do desfralde, fiquei imaginando como seria: colocar a fralda e correr o risco dele “retroceder” um pouco, ou usar a cuequinha e correr o risco (certo) de acidentes... Mas acabei descobrindo no mundo da internet, uma fralda de treinamento: ela sobe e abaixa: assim, disse pra ele que era uma cuequinha nova; nas paradas: fomos ao banheiro.
E na casa da vovó também: dessa forma, não coloquei a perder o que já tinha alcançado de progresso, mas se tivesse alguma escapada não “sofreria” tanto como o “trabalho” e a incoveniência de não estar em casa.
Um único e pequeno escape no período da tarde que estava muito calor, e optei por deixa-lo só de cueca mesmo, e tudo seguiu muito bem!!!

Mas voltando a Vovó!
Cidade pequena, todo mundo é parente: e para o almoço foram convidados primos de todos os lados.
Volta e meia, pela casa que estava uma “confusão”, esbarrávamos com aquele primo/prima que você não consegue lembrar o nome de jeito nenhum.... “Nossa, como você ta diferente!”, “Ele é seu caçula?”, “Vem ver meus filhos..”, e por aí foi.......

Confesso que eu, no meu “estresse” habitual de querer as coisas do meu jeito, tive momentos em que senti vontade de sair correndo para minha casa. E o Heitor então, coitado, cansado de tanta gente. A “sorte” foi um galinheiro que tinha lá no fundo (bem lá no fundo) do quintal, então, todo mundo que olhava pra ele, ele pedia: “Quero ir no Cocó”....
E tinha também umas pedrinhas que ele gostou de brincar com a priminha de terceiro, quarto grau?? Nem sei, perdi as contas! rsrsrs



Na hora do parabéns foi muito emocionante. A prima, mãe da priminha, agradeceu a Deus pelas nossas vidas, e, sobretudo, pela vida da Vovó Menina. Fizemos uma oração, e cantamos parabéns.
É uma sensação muito emocionante você comemorar 90 anos de “Alguém” que é o “começo”, a “ponta” da sua família. E principalmente uma pessoa como ela: doce, serena, extremamente amorosa.... Ela é tão tranqüila, não sofre de nenhuma doença (graças a Deus), que temos a sensação de que ela é eterna.

Fizemos umas camisas para os filhos e netos, e ela, com a foto dela! Nossa, que surpresa, ela ficou toda feliz!!! Quando chegamos, ela disse que pensou assim: “olha, eles estão todos com a camisa igual, mas quem será que está estampado”, rsrsrs, e quando viu, era ela! Uma forma de homenagearmos seu carinho.
Perguntávamos ao Heitor: “Quem ta na camisa?”, e ele dizia: “É a bisavó”!!!! Muito legal!

O pior momento é a hora de ir embora... Ela fica com uma carinha.... os olhos se enchem de lágrimas... o coração apeeeeerrrtttaaaaaaaaa, que dói... Ela pede pra gente ficar, diz que achou que não iríamos embora tão rápido.... E agente se justifica pelo trabalho, pelos compromissos, pela vida...

Espero de todo o meu coração ter ainda o PRESENTE da vida da Vovó Menina por muitos anos... Espero que o Heitor tenha a oportunidade de dormir ao ladinho dela, com ela fazendo carinho nos pézinhos dele, como tantas vezes ela fez comigo...

Vovó, querida! Nossa Menina de 90 anos! EU TE AMO!

sexta-feira, 25 de março de 2011

E então "chegou amanhã"... Dia 25/03, sexta-feira

Uma comédia:
Depois de todas as investidas para que o Heitor fizesse os xixis no lugar certo, a manhã foi uma maravilha!
Xixi só no peniquinho (que enchemos de adesivos dos Backyardigans) e no "Sapinho" que é o redutor de assento sanitário com um monte de figuras de sapinhos... O detalhe aqui é que nossa casa tem dois andares, e não tem banheiro no primeiro, então, para não ficar subindo e descendo, quando estamos embaixo, precisa ser no peniquinho... como a novidade era o redutor, achei que devia inventar umas coisinhas pra ele gostar do peniquinho também!

Tudo ia muitíssimo bem!!

Porém, na hora de ir para escolinha: carro do papai quebrou. Atrasados, precisamos chamar um táxi. O táxi demorouuuuuuuu que demorou, e quando apontou, o que aconteceu?????
Olhei pro lado e lá estava o Heitor, quietinho, fazendo o Número 2!
Mal pude acreditar!
Na cuequinha.... e eu nada podia fazer para impedir...

Sinceramente: joguei a cuequinha fora, como se fosse fralda... não ia dar tempo de "tomar as providências" necessárias, por que já estávamos mmmuuuuuiiiiiiiiittttttttttooooooo atrasados, e aquela altura, nem sabia o que pensar...

Bem, no caminho para escola, o soninho de sempre...
E a mamãe, rindo da novela toda, por que sinceramente: contando, ninguém acredita!

Bem vindo crescimento e novas fases!
E que possamos todos "sobreviver"! rsrsrs

Quinta-feira, 24 de março de 2011.

02 anos, 04 meses e 16 dias.

O post anterior foi escrito há 02 anos atrás (detalhe: estou postando no dia 25, mas estou escrevendo no dia 24), e relendo, estou rindo sozinha por que quase nada mudou...

Hoje foi um dia nada fácil. Passei por minutos de muito estress...
Estamos na fase do desfralde, e puxa vida, como é dificil!!!!

Em novembro, Heitorzinho completou 02 anos. Como 2010 foi um ano de muitas novidades para nós, pois ele foi para escolinha e eu retornei ao trabalho, tinha decidido comigo mesma, que deixaria para tentar o desfralde em dezembro, pois ele estaria comigo em casa por duas semanas. Só que acabou acontecendo de neste mês, ter uma oportunidade de tirar definitivamente a chupeta.

Abre parenteses (Depois de dizer a gravidez inteira que não daria chupeta ao meu Bebê, nos seus primeiros dias de vida, com o bico do peito rachado, uma cesariana, e a exigência da perfeição gritando na minha consciência, minha irmã deu a ele a chupeta e eu não reclamei... porém, nunca fui de deixa-los horas com ela, e ele praticamente só dormia. Certo dia, ele com a velha mania de jogar tudo no chão, jogou a chupeta pelo muro da varanda do avô, o tio chegou nesse exato momento e disse: “Ué Heitor, você jogou a chupeta? O Pitti [cachorro] vai comer ‘ela’ “... Achei que não haveria hora melhor, desci, peguei a chupeta e escondi, dizendo que realmente o Pitti havia comido... [o cachorro ‘morreu’ de velhice dias depois, o que acabou ‘facilitando’ a nossa história] Claro que não foi mil maravilhas, principalmente na primeira semana, até hoje, de vez em quando, nos momentos de muito cansaço ele pede o ‘bico’; daí eu olho pra ele e digo: “Ué filho, você esqueceu?”, e então ele nem fala mais no assunto.) Fecha parenteses.

Mas aí, me disseram na escolinha que não é legal tirar os dois (fralda e chupeta) ao mesmo tempo. Então resolvi esperar um pouco mais. Pois bem, retornando janeiro à creche, por que a escolinha só retomaria em fevereiro, e com as atividades ainda fora da rotina, optei mais uma vez por esperar fevereiro. Enquanto isso, deixava ele algumas vezes de cuequinha ou short, ia apresentando o troninho, mas tudo descompromissadamente. Em dias mais agitados, ficava de fralda e pronto.

Chegou fevereiro, nova professora, novos coleguinhas, e a gente indo para creche e trabalho de ônibus. A pedagoga da escolinha disse que não é legal, quando começa o desfralde, ora colocar fralda, ora não colocar, por que confunde a cabecinha da criança e ela fica sem saber quando pode e quando não pode fazer fora do troninho/vaso. Mais uma vez fui obrigada a esperar, por que a partir do mês de março o Marigo iria com a gente de carro, então poderia ir sem fralda (já imaginou, indo para o trabalho, e o Heitor resolvendo me dar um ‘banho’, e ainda por cima no ônibus??? Não ia funcionar)

Chegamos finalmente em março, e o que acontece??? Heitor com laringite: uma semana em casa, seguida da semana do carnaval.... Piada? Tava parecendo....

E finalmente começamos o processo no dia 10, quinta-feira pós carnaval. Ou seja, 14 dias até hoje.

Meu Deus... como é complicado!!!!!!! Tem dias que o pimpolho faz todos os xixis no vaso ou penico, mas outros, como o de hoje por exemplo: que nenhunzinho para contar história, só no chão...
E vai falar para uma pessoa estressada com o tempo que tem que ficar limpando o chão, o filho, as cuequinhas, sem se chatear!!!!!!!!!!

E para completar o “drama”, ele não tá querendo fazer o número 2. Aqui em casa já tem o histórico do pai, que tem o intestino preso toda vida, então, fico sempre muito preocupada e muito atenta a este fator. Mas o danadinho não tava fazendo... Nas semanas anteriores ele fazia, ora no chão, e até na banheira.... Muito desgaste, mas dez mil vezes o desgate ao ve-lo sem conseguir fazer....

Hoje ele párava, fazia “força”, e lá ia a mamãe incentiva-lo a usar os apetrechos, resultado: choro, e trava. Aiai! Perguntei a ele se queria usar a fralda para poder fazer, e ele dizia que não...

E enquanto isso os xixis vinham que vinham.....

Com tantos desgastes e eu tentando que tentando me controlar com ele, mas quase explodindo por dentro, ele dormiu as 11h (ele nunca dorme nesse horário, sempre dorme no caminho da escolinha, o que pra mim é ótimo, pois ele chega dormindo, e não chora quando me vê saindo)

Abre outro parenteses (Heitor gosta da escolinha, já me conveci e me convenceram disso [ano passado a professora dele filmou ele brincando no celular dela, para me convencer, por que eu saia todos os dias aos prantos, por que pensava que ele ficava chorando o tempo todo que eu não estava ali...], mas quando eu o deixo lá e ele está acordado, chora, e aí, eu não sei lidar com a situação.) Fecha parenteses.

Então, voltando a hoje, como ele dormiu as 11h e nós chegamos na escolinha por volta das 12h15m, ele acordou chegando lá...
Agitado com a manhã que tivemos, com dorzinha de barriga por causa do nº 2 e me vendo ir embora, foi um caos....
E eu, por minha vez, agitada com a manhã, nervosa com a dor de barriga, morrendo de culpa por explodir por dentro diante de um processo natural de crescimento e mudanças, ainda por cima vendo ele chorando daquele jeito, quase morri de chorar o resto do dia. E toma dor de cabeça....
Trabalhar? Não consegui direito... O tempo todo pensando numa solução mágica (tenho mania de procurar soluções mágicas que não existem....) para resolver esse nosso momento...

Na busca, comprei um redutor de assentos, encomendei dois livrinhos: Coco no trono, e ????
Li mais algumas coisas, e fiquei torcendo pro dia passar logo e eu ver o meu gatinho.

Quando nos encontramos, no caminho para casa ele acabou dormindo. Quando acordou as 21h, levei ele para experimentar o redutor, fiz a maior festa, mas ele não deu bola.. também, estava sonolento... No mais fez um xixi apressado, querendo logo descer do vaso...

Vamos ver como será amanhã...
Sei que tudo ainda é muito recente, e que minha ansiedade, como sempre, pode atrapalhar as coisas...
Outra coisa que tem me deixado angustiada é pensar em como a professora tem lidado com isso na escola... Por que, assim como em casa, na escolinha tem dias que as cuecas  voltam sequinhas, ou seja, sinal de sucesso, mas em outros.... E fico pensando, se eu que amo, me sinto tão impaciente, como será com ela???
E sabe aquela coisa de que só você pode corrigir, chamar atenção??? Então, é isso....
Já sei racionalmente que não posso pensar assim, mas penso, e sinto.... e além de todas as coisas ainda preciso aprender a lidar com isso...

Ufa. Chega né?

Terça-feira, 24 de março de 2009.

Cartinha escrita ao Heitor, há dois anos!

04 meses e 16 dias.

Heitor!!!

São 12 horas e 27 minutos...
Já se passaram 4 meses e 16 de sua chegada, e, eu que gostaria de ter lhe escrito imensas cartas expondo meus sentimentos, não consegui...
Engraçado como tudo é diferente do que a gente imagina.
A realidade, a prática, é bem mais complexa que qualquer sonho, que qualquer curso, que qualquer conselho.
Te confesso que achei que seria mais fácil nossa adaptação, uma vez que sempre sonhei com sua chegada.
Fiquei intranquila, tensa, agitada, estressada... Nada do que eu gostaria, mas enfim... Hoje, quatro meses depois, percebo que estes sentimentos foram (e sempre serão), resultado de uma cobrança excessiva, repleta de culpas e exigências que eu já devia ter aprendido que não funcionam...

- > O que quero te dizer Meu Amor, é que você é a coisa mais importante da minha vida. E que tem tornado meus dias, dias de Alegria, dias de Objetivos, dias de Paz... Mesmo naqueles dias em que meu rosto expressa outra coisa, minha alma, desde o dia 08 de novembro de 2008, sempre será uma alma completa.

Obrigada por isso Meu Anjo!
Obrigada por me olhar com seu olhar mais terno!
Obrigada por se aconchegar no meu peito!
Obrigada pelo seu sorriso!
Obrigada pelo seu encanto!
Obrigada pelo seu choro!
Obrigada por Você!!

No dia 08 de novembro estava muito tensa... rsrsrs
Com um pouquinho de medo do corte, da anestesia... aquelas coisinhas chatas que envolvem uma cirurgia...
Hoje, quando olho para nosso vídeo e lembro de cada momento, me sinto grata a Deus pela oportunidade de nos ver nesse vídeo, fora da tensão daquele dia.
Até um momento atráz me sentia “culpada” (olha a culpa aí de novo..) por não ter vivido um extase durante todo o dia 08. Mas agora estou me livrando dessa culpa. Mesmo o nascimento daquele que você mais ama não anula os sentimentos e medos de uma vida toda. Mas a consciência e o Desejo de que quero contribuir para que sua vida seja uma vida feliz, e que você seja um Ser Humano feliz, é a maior prova de Amor que posso te dar para  sempre!

EU AMO VOCÊ!
Como nunca pensei que pudesse Amar!
Sua Mãe.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tagarelices de uma filha, Pensamentos de uma Mãe

Sempre acreditei que “Nada acontece por acaso”, depois de “achar” o blog da Micheli e da Clarinha, tive ainda mais esta certeza!

Ultimamente, não tenho conseguido muito tempo (ou tempo nenhum, pois estou sem internet em casa...), para a vida social virtual... sinto muito por isso, pois descobri um mundo de possibilidades neste planeta (mesmo sem quase vivencia-lo), mas, enfim, encontrei um meio de fazer isso de alguma forma: chego no meu trabalho, acesso o blog que entitula este post, seleciono o post, e imprimo. Esperando pelo Marigo, ou a noite, vou eu ler a “aula” do dia. É assim que me sinto: lendo lições de muita sabedoria, encantamento, doçura!

O blog da Micheli tem sido uma inspiração para minha relação com meu Heitor. Já devo ter mencionado isso umas quinhentas vezes...
Não consigo simplesmente comentar os post´s, por que todas as vezes sinto uma vontade imensa de compartilhar experiências, de falar da emoção que sinto, enfim... acabo não comentando, mas guardo com muito carinho as dicas, os relatos....

Noutro dia, com a Clarinha “Fazendo um Céu” pensei: “Que legal compartilhar do mundo de uma criança, pela ótica dela... quero fazer isso mais e mais com Heitor...”,  eu faço algumas coisas com ele, mas confesso (e olha que eu achava que tiraria isso de letra, como mãe), que as vezes tenho dificuldade de me entregar, acho que devido a ansiedade de ter que fazer tantas coisas, e querer que todas elas saiam de certa forma “perfeitas” (quem foi mesmo que inventou essa palavra???)

Adorei quando li sobre a Clarinha ,“ Com dois anos e lutando por seus direitos”, por que além de achar sempre que ela é super esperta, as colocações com relação a escolinha dela, me fizeram avaliar a do Heitor, e me sentir mais tranqüila com o que ela o oferece!

E no post da do dia de 6 anos de casamento então? Aff, “Que dia”, literalmente! Senti um desejo de estar por perto para poder fazer algo de concreto, ajudando no que fosse preciso. E também pensei que todos passam por dias difíceis, não só eu....

Fora o “Beleza, combinado”, que agora a todo momento me pego repetindo essas palavras pro Heitor.. E sabe o que é mais engraçado? Ele responde: “Beleza, combinado”, rsrsrsrsrs
(Mas ainda não tenho muita, muita sabedoria para lidar com as birras... mas to tentando... e acho que vou conseguir... com muito amor, e principalmente MUITA paciência... Ultimamente tenho procurado ficar mais calada quando não sei o que fazer.... Sinto que ta sendo melhor do que me estressar de vez... Mas as vezes me estresso de vez também...)
O que compensa é esse sorriso que “apaga” qualquer desgaste, e faz TUDO valer apena!!



Outra coisa que me chamou muita atenção nos últimos dias, foram as colocações acerca do sono... Puxa vida, como o sono me “impede” de fazer algumas coisas, as vezes... no dia da queda da Clarinha, fiquei com uma “dó” da Micheli dizendo que “Mãe não pode ter sono, nem olhos grudados”, mas acabei rindo... por que é exatamente assim que penso em muitos momentos dessa nova experiência: “Mãe não pode isso, Mãe não pode aquilo....” ufa! Mãe não podia ser ser-humano! Para dar conta do recado, sem morrer de culpa, tinha mesmo era de ser um anjo!

E chorar por que o filho não quer comer??! Nossa, como isso se repetiu na minha vida nesses dois anos!!!! Você prepara tudo com o maior carinho, pensa em cada detalhe, e aí, neca, nada de abrir a boca, nem que seja um pouquinho.... Já até troquei de pediatra por conta disto... Hoje o pediatra do Heitor, quando preenche o gráfico da curvinha na caderneta dele, faz questão de frisar que ele está muito bem, só não será obeso, graças a Deus... Acho que ele ficou traumatizado comigo, nas primeiras consultas... rsrsrsrs

Paciência é a palavra chave. Por alguns momentos, me peguei medindo o amor que eu sinto pelo meu filho, pela minha paciência. Hoje em dia, tenho percebido esses sentimentos como distintos. Não que eu ache possível amar alguém e ser totalmente intolerante, mas sinto que o meu comportamento será sempre alterado, a medida que eu for me dando conta disso, ou daquilo, mas que meu amor por ele não vai mudar, por que não existe essa possibilidade. Ele não tem como crescer, sob nenhum aspecto.

Já me senti as “Últimas das últimas Mães”, muitas vezes. Hoje, tenho procurado fazer com que isso não aconteça com muita freqüência, por que percebo que a baixa auto-estima me impossibilita de oferecer o meu melhor para o meu grande pequeno amor.

Outro dia, a frase da Micheli me fez repensar muitos aspectos “a infância dos seus filhos não está pausada enquanto você corre atrás dos seus sonhos materiais”...
Eu não troco meus sonhos materiais pela infância do Heitor, mas as vezes sinto que faço a escolha errada em alguns momentos do meu dia. Esta consciência é de grande valor!!!
E é de grande valor também ver a felicidade do meu filhote em compartilhar de momentos de brincadeira com a mamãe.

Hoje, muito engraçado: nós chegamos da escolinha/trabalho,  e depois de lanchar, colocar pijama, estávamos sentados no tapete do quarto dele para que eu contasse estorinhas; ele pegou o telefoninho e “ligou” para minha irmã:
“Titia, beleza? A Mamãe ta aqui, comigo, contando uma estória pra mim; então ta, beleza, tchau!”
Quase morri de felicidade, de vê-lo “telefonando” pra titia, só pra contar que eu estava “com ele”! Esse tempo vale ouro!!!

Eu tenho um histórico muito ruim de ser reclamona, de não estar satisfeita com o que tenho e com as coisas que estão acontecendo... Tem um pouco (ou muito) de bagagem familiar na balança, e outras coisas mais... Mas eu quero valorizar muito o PRESENTE que é o Heitor na minha vida, pois nada, nenhum minuto sequer, tem qualquer valor sem Ele.



E assim, meio que misturando as estações, como que numa forma de agradecer e demonstrar a importância do blog “Tagarelices de uma filha, Pensamentos de uma Mãe” (Mãezona!), vou ficando por aqui... (detalhe: digito no word hoje a noite e colo no blog amanhã...) rsrsrs

Micheli: que Deus continue abençoando sua vida e de sua família! Espero ter conseguido traduzir o quanto vocês são especiais! Por aqui, em casa, e até com meus irmãos, a Clarinha já é “da família”: eu comento: “gente a Clarinha tá dodói, a Clarinha é sapeca...” enfim, sempre de uma forma muito carinhosa! O Heitor ainda não conseguiu identificar muito bem, por que tem uma Clarinha na escolinha, então eu acabo não falando muito com ele para ele não se confundir! Mas já já, ele vai  conseguir entender e daí farei questão de “apresenta-los”!

Beijos.
Lílian.

sábado, 12 de março de 2011

Tópico: Heitor -> Sub-tópico: Birras -> Título: Conversando com a Micheli

Micheli,
Tudo bem?!!
“Gosto” muito quando você posta alguma coisa assim, de “vida real” , tipo birra.. rsrs
Então, quando você menciona alguma “dificuldade” (observe que é tudo sempre em aspas!), eu me sinto feliz e penso: “Puxa, se a Micheli passa por isso também, então é normal”, rsrsrs

Me sinto muito impotente muitas vezes com as birras do Heitor. Ele está com 2 anos e 4 meses, e, ufa, tenho achado tudo bem difícil. Procuro observa-lo sempre, e me pergunto se quando as birras acontecem, não são naqueles momentos (exceto de sono, cansaço, e afins) que ele quer mais chamar minha atenção. Noto que me canso quando tenho que lidar com esses momentos, por que sempre requerem muita dedicação, e tempo... E nem sempre é “possível” (o possível aqui merece destaque, por que não sei muito bem o significado dele...) doar o tempo necessário, com a paciência necessária.

Me pergunto muitas vezes como as outras mulheres conseguem, cuidar da casa (não tenho ajudante), roupas, enfim, tudo; trabalhar e etc e tal, e ainda conseguir dar a educação “ideal” (olha as aspas aqui, de novo!!) para seus filhos.
Com isso, me sinto sempre muito em dívida, e até corrigir se torna um desafio enorme... maior do que já é normalmente.

O Heitor também tem o cantinho do pensamento. Depois do “tempo” na cadeirinha, explico, abraço, digo que é pro bem dele. Hoje em dia ele já senta pedindo o abraço, por que sabe que na hora do abraço acabou o “castigo”.. muito esperto! Tenho que ficar dizendo que ainda não ta na hora de abraçar por que ele não pensou no que fez... Também digo a ele que me peça desculpas por não ter obedecido... Mas isso cansa.... eles esquecem muito rápido das nossas explicações! Aiai!

A questão de ter que fechar os olhos para as opiniões alheias também é relevante; por que em momentos da minha vida (antes da maternidade, claro!), critiquei muitas situações, e agora, olha eu aí vivendo todas elas... e me pego pensando muitas vezes no que o vô, a vizinha, o estranho, vai pensar...

Tenho muito amor, acho que muita paciência também... O que me falta, é tempo!
Como você consegue lidar com esse fator?
Me sinto tão impotente! E olha que sou organizada, e nem de longe, sou mais aquela mulher que tinha tudo sempre no lugar, na hora certa... Isso deixou de existir... Mas mesmo assim, me sinto sempre cheia de coisas por fazer.

Sinto uma relação muito grande entre as birras do Heitor e as minhas ansiedades, acerca de todas as coisas que tenho para fazer. Percebo que mais dificil do que lidar com as birras dele, é lidar com o meu estress em ter que coordenar tudo, inclusive as birras...

Se puder dividir comigo, como é esse ponto para você, ficarei feliz!

Bjs grandes e obrigada sempre!
Lilian.

sexta-feira, 11 de março de 2011

01 ano de outro dia importante na minha vida

A minha história é cheia de datas interligadas. Eu acho isso o maior barato!
E, com o dia 11 de março não foi diferente.

Em 2010, depois de passar o ano de 2009 sem trabalhar fora (afinal, eu planejei isso desde que descobri que estava grávida, de que trabalharia em casa, e que cuidaria do meu filho eu mesma; creche? nem pensar...) então, voltando a 2010, percebi que pelo bem geral da nação, era melhor que eu voltasse ao mercado de trabalho. Mais um parêntese (sempre, desde 14 anos, trabalhei fora, e ficar em casa de “Amélia” (por favor, entendam o que quero dizer), foi MUITO difícil), então, depois de não aproveitar em nada esse período, retomei meus contatos para então trabalhar.

O meu maior desejo na ocasião, era que eu conseguisse um emprego em um período integral, que me permitisse, em um outro período, estar com o Heitor. E, trabalhei um mês com um amigo da faculdade, de 14h as 18h. Depois deste mês, meu antigo (agora atual) patrão, me chamou para voltar ao escritório em que trabalhei até meu último mês de gestação, e, devido as circunstâncias logísticas e coisas e tal, topei voltar, já que ele também concordou, apesar da carga horária ter aumentado um pouco em comparação do escritório do meu amigo, que eu ficasse na parte da manhã em casa.

Hoje trabalho de 12h30m as 18h30m. São seis horas bem puxadas, mas que são importantíssimas para justificar os dias difíceis em que deixo o Heitorzinho na creche e ele chora, chora, chora... e eu lembrar que não é o dia inteiro.
Bem, se eu for relatar agora a experiência voltar a trabalhar/deixar Heitor na creche, fico até....... e não vai dar. Num outro momento faço isso, até para poder me visualizar e entender/aceitar melhor o todo.

Como tenho certeza de que me sinto feliz trabalhando, quero mais uma vez agradecer a Deus, ao Universo, a Vida, a oportunidade de (mesmo as vezes não sabendo conduzir) estar com meu filho na parte manhã, dando banho, almoço, brigando, brincando e participando da vidinha dele que está voannndooooooo.
Obrigada, obrigada, obrigada (mesmo que as vezes meus comportamentos demonstrem uma certa ingratidão... mas estou melhorando.... só não dá pra ser em um passe de mágica....)


Bom fim de semana.
Lilian.

03 anos de um dos dias mais importantes da minha vida

No dia 11 de março de 2008, descobri que estava grávida. Foi um dos dias mais felizes da minha vida!
Eu estava com 31 anos e 10 meses, e a maior certeza que sempre fez parte de todos estes anos, era a de que queria ser Mãe.

Depois de quase cinco anos de casada, e de finalmente ter terminado minha “tardia” e “compacta” faculdade, apesar de todos os pesares financeiros, e com mais de “30”, não tinha justificativas para o contrário, já “passava da hora” de meu sonho se tornar realidade.
A antiga coordenadora do meu curso, disse que “desejava que meus planos fossem concretizados, tal como foi meu planejamento em engravidar”, pois todos sabiam, na faculdade, qual era meu grande objetivo depois que me formasse.
Eu estava meio cismada, mas, apesar de estar com somente uma semana de atraso, comprei o teste de farmácia, e, assim que acordei as 06h (na verdade, acho que não dormi naquela noite), fui logo fazer o teste.

No relacionamento anterior ao com o meu Marigo (pra quem não sabe: marido + amigo), eu tinha entre 19 e 24 anos, e devo confessar que algumas vezes achei que estivesse grávida. Não vou entrar no mérito da questão, da confusão que foi este relacionamento, mas o fato é que já havia me visto naquela situação de fazer o teste algumas vezes. Todas elas, apesar do grande desejo, tiveram o resultado negativo. Deus sabe de todas as coisas...

Mas naquele dia não foi assim. Duas listinhas rosas: positivo.
Nunca na minha vida inteira vou encontrar palavras que traduzam o que senti naquele momento. Acordei o Marigo e não sabia se chorava ou se ria, tamanha a emoção que era avassaladora.

Ainda no dia 11 eu tinha consulta marcada com a minha ginecologista/obstetra, que havia sido marcada um mês antes; antes mesmo de ir para o trabalho, passei no laboratório para fazer o exame de sangue, por que eu não poderia ter dúvidas de que meu sonho estava se realizando.
No consultório com a médica, iniciei meu pré-natal. E depois, telefonei para as minhas irmãs, amigas, irmãs-amigas para contar minha felicidade.

Por toda a minha vida eu esperei por aquele momento. E ele foi sublime, pois a alegria que experimentei naquele dia ficará para sempre na lembrança do meu coração.

Heitor é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Ele me faz sentir tudo o que eu jamais poderia supor. Me faz crescer a cada dia. Me faz experimentar sentimentos de dor e sofrimento, e de um Amor que eu não tinha a menor noção de existir.

A minha gravidez foi muito saudável. E, como não poderia deixar de ser, já que era comigo, de muita ansiedade e planejamentos...
Exigências com a balança, com o quarto, com o enxoval, afinal, como o meu grande sonho se realizando e a vida acontecendo com todas as suas “coisas” ao mesmo tempo? Como meu grande sonho se realizando e eu não me transformando numa pessoa melhor, perfeita??
Como ser uma gestante exemplar, como ser uma mãe preparada, como? Como? Como? E como????
Mil leituras eu fiz e refiz a respeito do todo. Programações, e mais uma vez os planejamentos...
Era o meu grande sonho acontecendo e a vida que continuava “igual”.
Era o meu grande sonho acontecendo e Eu que não deixava de ser Eu, com toda a minha bagagem que não deixava de ser minha, “simplesmente” por que era o meu grande sonho acontecendo....
E foi, e é, muito difícil reconhecer isso.

Desde criança/adolescente, eu queria uma data/momento importante para ser o marco da minha mudança (acredite, desde cedo eu queria “mudar”), e por todos os anos isso me perseguiu, essa idéia de que teria o momento em que eu “mudaria”, assim, como num passe de mágicas. Abracadabra, plimplão, abre-te-sésamo... enfim, qualquer coisa do gênero.

Então, quando meu maior sonho estava se realizando (Sim, eu era merecedora de concretizar meu sonho!!! (as vezes, (muitas vezes), eu achava que não..)) era a grande oportunidade do “momento mágico”.
Muitos risos nessa hora por que eu continuava “doida”. Isso não aconteceu.
Nem no dia 11 de março de 2008, quando eu vivi um dia tão feliz, ao descobrir minha gravidez,
Nem no dia 24 de maio de 2008, quando descobri que meu bebê era um menino, e fui acometida de um susto, por que, como assim, ser Mãe de um Homem (com H em todos os sentidos! Pois era o meu Heitor!!!)
Nem no dia mais sublime da minha vida, que foi o dia 08 de novembro de 2008, dia do seu Nascimento!

Nem depois em todos os dias que se tornaram os mais importantes, com a “Personificação” do meu sonho, me dando sustos, me fazendo morrer de rir, me chamando de Mamãe, dando seus primeiros passos, fazendo suas primeiras birras e me abraçando, me amando e me deixando amar.......
Essa mudança “passe de mágica” não existe... Essa mágica não existe.

Mas existe a minha vida, a minha experiência, o meu Filho, o meu Sonho, o meu Tesouro. A manifestação mais verdadeira de Deus, pois não experimentei canal mais direto de comunicação com Ele, do que através do Heitor.
A vida não é um conto de fadas, é uma história real, com realizações de sonhos, frustrações, desafios, conquistas, alegrias, tristezas.
Mas uma coisa é absolutamente certa na minha vida, nenhum sentimento no mundo é este furacão que é o meu Amor pelo meu filho tão amado.
E, hoje, eu preciso/quero muito, agradecer a Deus, ao Universo, a Vida, por experimentar a cada dia “momentos tão mágicos” ao lado do meu Heitor.

Obrigada, obrigada, obrigada.

Lilian.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mala sem alça

Hoje estou aqui, pensando, se será que a gente faz com a vida da gente a mesma coisa que a gente faz quando se propõe a fazer um "diário" e se vê escrevendo quase 1 mês depois, neste diário...

Os últimos dias foram uma verdadeira loucura..
Muitaaaaaaaaaaa correria...

Fatos aconteceram:
-> Aniversário do Marigo, o que fazer, como fazer, e etc...
-> Filhotinho doente.... ufa......... desequilibra qualquer equilibrio...
-> Carnaval chuvoso, sem programações

Engraçado é que não consigo fazer um resumo dos últimos dias, pois foram tão intensos em certos aspectos, que parece impossível descrever...
O que me deixa com a essa sensação estranha, é que parece que passou um furacão, e todos os momentos foram vividos de forma mecânica, sem alegria, como que "vivendo por viver"...
E aí, quando chega o dia como o de hoje, em que se pára pra pensar, fica essa sensação de desperdício, de tempo perdido, de melancolia, de culpa.

Por isso me pergunto, oq eu faço com a minha vida? Por que essa sensação tão estranha de estar fazendo tudo errado? De não acertar...

Hoje, quando fui deixar meu Heitor na escolinha, ele chorou... foi tão ruím... Fui para o trabalho me perguntando dez mil vezes (como se já não tivesse me feito essa pergunta outras tantas milhões de vezes), se esse é o melhor.
Eu já sei a resposta, mas parece que ela não consegue me aliviar nestes momentos.

Na verdade, acho que é assim em quase tudo. A gente sempre sabe a resposta "certa", mas nunca consegue se lembrar delas nos momentos de sentimentos fortes...

Eu gostaria muito de ser uma pessoa mais serena. Me sinto muito agitada. Muito nervosa. Muito ansiosa. E eu odeio isso. Odeio tudo isso.

Bem, acho melhor párar de escrever. Estou muito mala.



Lilian.