quinta-feira, 24 de março de 2011

Tagarelices de uma filha, Pensamentos de uma Mãe

Sempre acreditei que “Nada acontece por acaso”, depois de “achar” o blog da Micheli e da Clarinha, tive ainda mais esta certeza!

Ultimamente, não tenho conseguido muito tempo (ou tempo nenhum, pois estou sem internet em casa...), para a vida social virtual... sinto muito por isso, pois descobri um mundo de possibilidades neste planeta (mesmo sem quase vivencia-lo), mas, enfim, encontrei um meio de fazer isso de alguma forma: chego no meu trabalho, acesso o blog que entitula este post, seleciono o post, e imprimo. Esperando pelo Marigo, ou a noite, vou eu ler a “aula” do dia. É assim que me sinto: lendo lições de muita sabedoria, encantamento, doçura!

O blog da Micheli tem sido uma inspiração para minha relação com meu Heitor. Já devo ter mencionado isso umas quinhentas vezes...
Não consigo simplesmente comentar os post´s, por que todas as vezes sinto uma vontade imensa de compartilhar experiências, de falar da emoção que sinto, enfim... acabo não comentando, mas guardo com muito carinho as dicas, os relatos....

Noutro dia, com a Clarinha “Fazendo um Céu” pensei: “Que legal compartilhar do mundo de uma criança, pela ótica dela... quero fazer isso mais e mais com Heitor...”,  eu faço algumas coisas com ele, mas confesso (e olha que eu achava que tiraria isso de letra, como mãe), que as vezes tenho dificuldade de me entregar, acho que devido a ansiedade de ter que fazer tantas coisas, e querer que todas elas saiam de certa forma “perfeitas” (quem foi mesmo que inventou essa palavra???)

Adorei quando li sobre a Clarinha ,“ Com dois anos e lutando por seus direitos”, por que além de achar sempre que ela é super esperta, as colocações com relação a escolinha dela, me fizeram avaliar a do Heitor, e me sentir mais tranqüila com o que ela o oferece!

E no post da do dia de 6 anos de casamento então? Aff, “Que dia”, literalmente! Senti um desejo de estar por perto para poder fazer algo de concreto, ajudando no que fosse preciso. E também pensei que todos passam por dias difíceis, não só eu....

Fora o “Beleza, combinado”, que agora a todo momento me pego repetindo essas palavras pro Heitor.. E sabe o que é mais engraçado? Ele responde: “Beleza, combinado”, rsrsrsrsrs
(Mas ainda não tenho muita, muita sabedoria para lidar com as birras... mas to tentando... e acho que vou conseguir... com muito amor, e principalmente MUITA paciência... Ultimamente tenho procurado ficar mais calada quando não sei o que fazer.... Sinto que ta sendo melhor do que me estressar de vez... Mas as vezes me estresso de vez também...)
O que compensa é esse sorriso que “apaga” qualquer desgaste, e faz TUDO valer apena!!



Outra coisa que me chamou muita atenção nos últimos dias, foram as colocações acerca do sono... Puxa vida, como o sono me “impede” de fazer algumas coisas, as vezes... no dia da queda da Clarinha, fiquei com uma “dó” da Micheli dizendo que “Mãe não pode ter sono, nem olhos grudados”, mas acabei rindo... por que é exatamente assim que penso em muitos momentos dessa nova experiência: “Mãe não pode isso, Mãe não pode aquilo....” ufa! Mãe não podia ser ser-humano! Para dar conta do recado, sem morrer de culpa, tinha mesmo era de ser um anjo!

E chorar por que o filho não quer comer??! Nossa, como isso se repetiu na minha vida nesses dois anos!!!! Você prepara tudo com o maior carinho, pensa em cada detalhe, e aí, neca, nada de abrir a boca, nem que seja um pouquinho.... Já até troquei de pediatra por conta disto... Hoje o pediatra do Heitor, quando preenche o gráfico da curvinha na caderneta dele, faz questão de frisar que ele está muito bem, só não será obeso, graças a Deus... Acho que ele ficou traumatizado comigo, nas primeiras consultas... rsrsrsrs

Paciência é a palavra chave. Por alguns momentos, me peguei medindo o amor que eu sinto pelo meu filho, pela minha paciência. Hoje em dia, tenho percebido esses sentimentos como distintos. Não que eu ache possível amar alguém e ser totalmente intolerante, mas sinto que o meu comportamento será sempre alterado, a medida que eu for me dando conta disso, ou daquilo, mas que meu amor por ele não vai mudar, por que não existe essa possibilidade. Ele não tem como crescer, sob nenhum aspecto.

Já me senti as “Últimas das últimas Mães”, muitas vezes. Hoje, tenho procurado fazer com que isso não aconteça com muita freqüência, por que percebo que a baixa auto-estima me impossibilita de oferecer o meu melhor para o meu grande pequeno amor.

Outro dia, a frase da Micheli me fez repensar muitos aspectos “a infância dos seus filhos não está pausada enquanto você corre atrás dos seus sonhos materiais”...
Eu não troco meus sonhos materiais pela infância do Heitor, mas as vezes sinto que faço a escolha errada em alguns momentos do meu dia. Esta consciência é de grande valor!!!
E é de grande valor também ver a felicidade do meu filhote em compartilhar de momentos de brincadeira com a mamãe.

Hoje, muito engraçado: nós chegamos da escolinha/trabalho,  e depois de lanchar, colocar pijama, estávamos sentados no tapete do quarto dele para que eu contasse estorinhas; ele pegou o telefoninho e “ligou” para minha irmã:
“Titia, beleza? A Mamãe ta aqui, comigo, contando uma estória pra mim; então ta, beleza, tchau!”
Quase morri de felicidade, de vê-lo “telefonando” pra titia, só pra contar que eu estava “com ele”! Esse tempo vale ouro!!!

Eu tenho um histórico muito ruim de ser reclamona, de não estar satisfeita com o que tenho e com as coisas que estão acontecendo... Tem um pouco (ou muito) de bagagem familiar na balança, e outras coisas mais... Mas eu quero valorizar muito o PRESENTE que é o Heitor na minha vida, pois nada, nenhum minuto sequer, tem qualquer valor sem Ele.



E assim, meio que misturando as estações, como que numa forma de agradecer e demonstrar a importância do blog “Tagarelices de uma filha, Pensamentos de uma Mãe” (Mãezona!), vou ficando por aqui... (detalhe: digito no word hoje a noite e colo no blog amanhã...) rsrsrs

Micheli: que Deus continue abençoando sua vida e de sua família! Espero ter conseguido traduzir o quanto vocês são especiais! Por aqui, em casa, e até com meus irmãos, a Clarinha já é “da família”: eu comento: “gente a Clarinha tá dodói, a Clarinha é sapeca...” enfim, sempre de uma forma muito carinhosa! O Heitor ainda não conseguiu identificar muito bem, por que tem uma Clarinha na escolinha, então eu acabo não falando muito com ele para ele não se confundir! Mas já já, ele vai  conseguir entender e daí farei questão de “apresenta-los”!

Beijos.
Lílian.

Um comentário:

  1. Oi, Lilian!
    Nossa, eu não sei bem o que dizer depois de tudo isso!
    Eu me acho uma mãe, como qualquer outra, que vive duas angústias maternas, sofre quando a filha está dodói, tem suas dúvidas de como lidar com algumas coisas como birras, mas que ama sua filha acima de tudo e quer viver esse lance de maternidade da melhor forma! Cresci sem mãe, sei o quanto isso faz falta.
    Acho que ler outros blogs de mães, que pensam diferente ou parecido em alguns aspectos, nos faz refletir sobre o que pensamos, muda ou reafirma o que acreditamos, abre a nossa mente para novas idéias, faz olharmos para os nossos pequenos de forma a valorizá-los ainda mais. Acho realmente essa troca enriquecedora. Que bom que o nosso blog tem ajudado você em todos esses quesitos.
    Eu sinto muita falta de pessoas que estão distante, das coisas que mudam e por vezes também me pego reclamando. Mas aí lembro que Deus é maior que tudo isso e que Ele tem os seus propósitos. E é Ele que me move a cada dia.
    Um beijo grande para você!

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