quinta-feira, 31 de março de 2011

A MENINA DE 90 ANOS

Esse fim de semana fomos à cidade do meu pai, comemorar o aniversário de 90 anos da minha avó, mãe dele.
Ela mora há três horas de nossa cidade, embora não seja tão longe, também não é assim, tão perto, e desde pequena, nossas visitas aconteciam 1, no máximo 2 vezes ao ano em sua casa.

O nome dela é Maria José, mas todos na cidade (pequena) a conhecem por Menina. E sempre foi dessa forma que a chamamos: Vovó Menina.
Ela é pequenina mesmo, talvez até por isso o “nome”; não sabemos de fato a origem...

Além de minha avó, é também minha Madrinha de batismo, e eu sou a primeira neta, o que nos dá uma relação muito especial...

Ao contrário da família de minha mãe, a do meu pai é “pequena”: o meu avô, não conhecemos, ele faleceu antes do meu pai se casar; eles são 4 irmãos, dos quais só 2 tiveram filhos:
meu pai -> nós 4 (eu, minhas 2 irmãs e meu irmão),
e meu tio-> 2 filhas (que moram mais próximos de lá).
No total somos 6 netos.



Depois de adultos, nos tornamos 12, nós e nossos respectivos maridos e namorados.

E também 2 bisnetos: meu pequeno grande Heitor, e minha amada sobrinha Alicia.



Alugamos uma Van, por que agora a turma lá em casa (neste caso, me refiro a mim, meus irmãos, meus pais, e nossos agregados) é grande, e ficava melhor do que irmos nos 3 carros necessários.

A viagem foi tranqüila. É a segunda vez que Heitor viaja, só que dessa vez, maiorzinho e mais ansioso. Comprei um livro sonoro, com muitos, muitos bichinhos, para que ele pudesse se distrair no caminho. Deu certo relativamente. Viajar cansa... Mas foi razoável.

Ainda no Heitor, eu estava meio tensa, por conta do desfralde, fiquei imaginando como seria: colocar a fralda e correr o risco dele “retroceder” um pouco, ou usar a cuequinha e correr o risco (certo) de acidentes... Mas acabei descobrindo no mundo da internet, uma fralda de treinamento: ela sobe e abaixa: assim, disse pra ele que era uma cuequinha nova; nas paradas: fomos ao banheiro.
E na casa da vovó também: dessa forma, não coloquei a perder o que já tinha alcançado de progresso, mas se tivesse alguma escapada não “sofreria” tanto como o “trabalho” e a incoveniência de não estar em casa.
Um único e pequeno escape no período da tarde que estava muito calor, e optei por deixa-lo só de cueca mesmo, e tudo seguiu muito bem!!!

Mas voltando a Vovó!
Cidade pequena, todo mundo é parente: e para o almoço foram convidados primos de todos os lados.
Volta e meia, pela casa que estava uma “confusão”, esbarrávamos com aquele primo/prima que você não consegue lembrar o nome de jeito nenhum.... “Nossa, como você ta diferente!”, “Ele é seu caçula?”, “Vem ver meus filhos..”, e por aí foi.......

Confesso que eu, no meu “estresse” habitual de querer as coisas do meu jeito, tive momentos em que senti vontade de sair correndo para minha casa. E o Heitor então, coitado, cansado de tanta gente. A “sorte” foi um galinheiro que tinha lá no fundo (bem lá no fundo) do quintal, então, todo mundo que olhava pra ele, ele pedia: “Quero ir no Cocó”....
E tinha também umas pedrinhas que ele gostou de brincar com a priminha de terceiro, quarto grau?? Nem sei, perdi as contas! rsrsrs



Na hora do parabéns foi muito emocionante. A prima, mãe da priminha, agradeceu a Deus pelas nossas vidas, e, sobretudo, pela vida da Vovó Menina. Fizemos uma oração, e cantamos parabéns.
É uma sensação muito emocionante você comemorar 90 anos de “Alguém” que é o “começo”, a “ponta” da sua família. E principalmente uma pessoa como ela: doce, serena, extremamente amorosa.... Ela é tão tranqüila, não sofre de nenhuma doença (graças a Deus), que temos a sensação de que ela é eterna.

Fizemos umas camisas para os filhos e netos, e ela, com a foto dela! Nossa, que surpresa, ela ficou toda feliz!!! Quando chegamos, ela disse que pensou assim: “olha, eles estão todos com a camisa igual, mas quem será que está estampado”, rsrsrs, e quando viu, era ela! Uma forma de homenagearmos seu carinho.
Perguntávamos ao Heitor: “Quem ta na camisa?”, e ele dizia: “É a bisavó”!!!! Muito legal!

O pior momento é a hora de ir embora... Ela fica com uma carinha.... os olhos se enchem de lágrimas... o coração apeeeeerrrtttaaaaaaaaa, que dói... Ela pede pra gente ficar, diz que achou que não iríamos embora tão rápido.... E agente se justifica pelo trabalho, pelos compromissos, pela vida...

Espero de todo o meu coração ter ainda o PRESENTE da vida da Vovó Menina por muitos anos... Espero que o Heitor tenha a oportunidade de dormir ao ladinho dela, com ela fazendo carinho nos pézinhos dele, como tantas vezes ela fez comigo...

Vovó, querida! Nossa Menina de 90 anos! EU TE AMO!

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