quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Como é difícil pensar e tentar viver só o agora...

Ontem tive consulta com a minha médica para levar resultado do exame preventivo que fizemos na semana passada. Daí que no final da consulta veio aquela sensação de: “quando será nosso próximo encontro”? Se fosse tudo normal, seria tipo, daqui um ano, para o próximo exame.. Mas me vi perguntando a ela sobre o que devo fazer caso eu resolva pensar numa nova gravidez em novembro (que é quando completará os 6 meses desejáveis de intervalo do aborto espontâneo...)
Desde maio que evito pensar nesse assunto: possibilidade de engravidar novamente. Quando me perguntam se vou tentar de novo, sempre digo que não sei, que não estou pensando nisso agora, que vou deixar para pensar a partir de novembro... E não estava pensando mesmo. Pelo menos estava fazendo um esforço muito grande para não pensar.
Hoje, porém, me vi pensando e muito...
Todos os questionamentos de antes vieram a tona:
è    Ano que vem já estarei com 36 anos
è    Ano que vem Heitor estará completando 4 anos (e olha que ele só vai fazer 03 anos em novembro...)
è    Tem a questão de estar empregada e não poder pensar numa outra possibilidade, já que não tenho definido se quero/vou engravidar...
è    E inúmeros outros pensamentos que vem, que vão...
A resposta da médica à minha pergunta?
- Que se eu estou na dúvida, seria adequado tomar o ácido fólico, pois não me fará mal algum se eu resolver não engravidar, mas será fundamental caso eu resolva...
Mas é tão, tão estranho pensar sem pensar, resolver sem decidir...
Como não pensar no depois? Pensar no hoje, viver o hoje, se determinados assuntos precisam ser definidos antes do amanhã?
Esses dias estava lendo um post da Micheli (Tagarelices e Pensamentos) sobre a questão de irmãos... Me vieram a mente todas as razões que me fizeram desejar ter um segundo filho, e ao mesmo tempo, todos os sentimentos de dor e vazio depois do que aconteceu esse ano. A alegria e a certeza de que irmãos são o melhor Presente de nossa vida; compartilhar das conquistas e das dores de um irmão; saber que não estamos sozinhos por que eles existem... E a incerteza de que poderei ou não ter outro filho e dar um irmão ao meu Heitor.
Não sei o que pensar.
Sei que não gostaria de estar passando por isso. Até ontem “ter que pensar” neste assunto estava tão distante, e hoje me sinto com a “corda no pescoço”...

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