domingo, 28 de agosto de 2011

Prioridades x Despreendimento

Estou tentando estabelecer prioridades na minha rotina, na minha vida, no meu dia-a-dia. Porém, é impressionante a dificuldade que sinto de abrir mão mesmo de coisas que me causam certo mal.
Isso por que estou tão habituada a me cercar de coisas por fazer, que até parece que é só para não conseguir e mais uma vez me chicotear. Decidir por exemplo que não devo mais vender Natura e Avon, por que o benefício não compensa o trabalho, é simplesmente um terror!
Como pode ser tão difícil decidir algo aparentemente tão banal?
Outro dia comprei um material de inglês por que cismei que queria aprender inglês. E me pergunto: quando?? Se eu vivo me matando por falta de tempo?? Então agora estou decidindo que só vou pensar em aprender inglês depois da Pós. Antes, só se for sem compromisso, quando FOR POSSÍVEL. Mas sem horários pré estipulados na agenda. (Mas é MUITO difícil decidir isso... é mais fácil encher minha agenda de horários, e ficar me culpando por não dar conta de tudo...)
Vivo brigando comigo mesma por achar que estou “estagnada” profissionalmente. Vou trabalhar desmotivada, cabisbaixa, e fico sempre pensando que não deveria estar ali. Porém agora vou mudar minha linha de pensamento. Meu projeto profissional (tão cobrado na Pós...) é sim estar onde estou, tentando aproveitar o melhor que eu puder e me posicionando, dando de mim ações que tenho certeza que tenho condições de oferecer. Quero fazer estudos que os conhecimentos do curso tem me proporcionado, e, ainda que não tenha reconhecimento externo (embora eu vá busca-los) ter reconhecimento pessoal, confiar no meu instinto e ter visão das possibilidades, que me sirvam numa outra oportunidade.
Meu projeto a longo prazo (igualmente tão cobrado na Pós)? Hoje eu não sei. E NÃO QUERO pensar. Está decidido isso, pronto. Não quero me sentir pressionada a ter um projeto para o futuro, que meu coração não está me sinalizando.
Estou com tanta vontade de me despreender das imensas atribuições a que me sujeito, que até mesmo da sociedade na equipe de música eu queria abrir mão. Não por que eu não gostaria de participar e de fazer algo por ela, mas simplesmente por que hoje eu acho que não dá tempo de fazer um trabalho bem feito. Porém, conversando com o Marigo, concluímos que neste caso, o benefício ainda é significativo, e abrir mão deste extra não seria favorável.
Conversamos e pontuei as responsabilidades das quais me “sacrificarei” para cumprir. E minimizei o todo que antes estava atribuído a mim, por que com mais do que elenquei, não vou me comprometer, por que não quero em mim essa pessoa cheia de obrigações, tendo consciência das limitações e não tendo coragem de admiti-las.
Acho que é isso por agora. Vou parar por aqui por que sinceramente, minha cabeça está doendo de tantos pensamentos indo e vindo como turbilhão. Estou com tanta vontade de me sentir livre das minhas próprias imposições, que estou a ponto de me impor que eu faça um “Contrato” me comprometendo a me libertar, assinando e levando a cartório para eu mesma não me sabotar!
Brincadeiras a parte, estou me sentindo bem feliz com essas minhas novidades.
Bom fim de semana!

Um comentário:

  1. Aaaa, é isso aí mulher! Chega de tantas cobranças que somente tem deixam estafada. Aproveite p/ curtir + a vida sem culpa, pois vc merece!
    As vezes essa questão de organização é mto bom no trabalho, mas na rotina do dia a dia as vezes precisamos quebrar as regras..faz parte e faz bem!
    Cuide de suas prioridades e o resto se der rs

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