quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mulher Maravilha perde pra mim!

Ontem, depois da manhã super-ultra fora da rotina, enquanto eu tentava passar pelo um pouco das roupas, já que tudo não ia dar para terminar mesmo, eu me peguei numa cena muito parecida com as que vivo diariamente:
è    Heitor, na sala, com os bichinhos, quebra-cabeças de bichinhos, dvd do Barney no Zoológico, e o livro sonoro dos animais (ontem foi o “dia dos animais”)
è    Eu, de frente para mesa, ferro de passar, e as roupas: tentava ao mesmo tempo assistir (terminar) o filme: “Desafiando Gigantes”, que uma amiga me emprestou (a propósito, vale muito apena assistir o filme)
è    Enquanto isso, a roupa terminava de bater na máquina, e a carne de cozinhar, no fogão.
è    De vez em quando, paralelo, algo assim:
- Olha Mamãe, o meu cavalo!
- Nossa, Filho! Que lindo!
- Obrigado. (simples assim!!!)
Enquanto isso ia se passando, me lembrei de outro dia, com outra situação parecida:
-> Eu e Heitor “fazendo ginástica”, eu na esteira e ele no simulador (praticamente brincando de balancinho..), enquanto, ao mesmo tempo, assistia um dvd interativo no computador (acho que nesse dia era o Michey Mouse) e, eu, também ao mesmo tempo, assistia um dvd de curso básico de inglês. Entre todo esse “ processo”, vez ou outra, eu dizia:
- Devagar filho, cuidado!
De repente, ouso uma corridinha e o barulho dos passos na esteira o fazem me olhar, e dizer:
- Cuidado Mamãe, cuidado!
rsrsrsrsrsrsrs, muito engraçadinho tomando conta da mamãe!!!
Muitas vezes, vivenciando esses múltiplos papéis, eu me culpo, me condeno, por achar que talvez minha atenção estivesse que ser exclusiva para o Heitor. Pois hoje, acho que vou fazer diferente: vou me dar o direito de me elogiar, e valorizar a minha criatividade em exercer , com dedicação, o papel de mãe, mulher, dona de casa, profissional, pessoa,  enfim, Mulher Maravilha. Acho que só preciso ser mais complacente comigo mesma. Se eu mesma me valorizasse mais, talvez me sentiria mais feliz.
Sempre que olho para o Heitor e o vejo brincando “sozinho”, ele sempre está brincando da maneira como fizemos em algum momento: ou seja, ele repete o que fazemos juntos, ou seja: Nós brincamos juntos! Eu me dedico a ele! Só que parece que eu me esqueço de “contabilizar” esses momentos!
Puxa,  tantos filhos gostariam de ter a Mãe pelo menos por perto, ainda que passando roupas ou fazendo qualquer outra coisa! E tantas Mães gostariam de ver, ouvir ou qualquer coisa do tipo, desde que pudessem trabalhar e ao mesmo estarem perto!
Eu tenho o privilégio de poder conviver com meu filho numa parte do dia, poder escolher o que ele assiste, com que ele brinca... Dar beijos e beijos, ver o “cavalo”, e o “castelo que ele fez pra mim”. Por que eu tenho que me cobrar tanto???
Ps. : Alguém aí se lembra se a Mulher Maravilha tinha família?

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